08 dezembro 2011

Cozinha nova! Finalmente o regresso ao blogue, agora que voltei a ter condições para cozinhar.
Há algum tempo que pensava em fazer uma sopa de marisco. Tinha provado já por duas ocasiões uma sopa de marisco dentro do pão, separadas por uns bons 8 mil quilómetros, e ambas saborosas. De manhã fui às compras com um plano na cabeça, ao fim do dia o plano foi à vida e não fiz nada do que estava planeado. A sopa continuou a ser de marisco, neste caso de sapateira, mas não ficou um chowder ao estilo de São Francisco como pensei inicialmente fazer.
O sabor final é muito diferente de uma sopa de peixe. Esta época do ano é fraca para fazer sapateira (a boa altura é entre Junho e Agosto) que tinha pouca substância, mas foi o suficiente para dar a sua graça especial à sopa.

Ingredientes para 4 pessoas:
1 sapateira
1 cebola, picada finamente
1 cenoura em rodelas finas
1 talo de aipo, em rodelas
1 dente de alho pisado
1 colher de sopa de puré de tomate
150 ml de vinho moscatel
1 tomate maduro em cubos, sem sementes
2 a 3 colheres de sopa de natas
Meio ramo de salsa
1 haste de poejo (opcional)
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b. 

Preparação

Coza a sapateira em água a ferver com muito sal (30g por litro). Abra o corpo e quebre as patas para remover toda a carne branca e ovas (se for fêmea…). Reserve.

Num tacho aqueça um fundo de azeite e aloirar a cebola, e depois a cenoura, o tomate, o aipo e o alho por mais 5 ou 6 minutos. Junte o moscatel e as cascas da sapateira (patas quebradas e miolo ósseo) e deixe reduzir. Adicione entre 1 litro de água e levantar fervura. Deixe em lume brando por 20 minutos, removendo a espuma que se formar. No fim junte as ervas aromáticas.

Faça 2 torradas de pão alentejano com manteiga e corte em tiras.

Filtre a sopa toda por um passador de rede para aproveitar apenas o caldo. Adicione as natas e levante fervura.
Sirva em pratos quentes, com as tiras de torrada e a carne da sapateira.

Por vezes acho que a foto ficou melhor que o prato. Neste caso, felizmente, é o contrário – a sopa ficou especial. 

23 outubro 2011

Ah, pizza! A única receita que aqui coloquei de pizza, já lá vai ano e meio, já mais do que merecia uma actualização. Não é que a receita anterior seja má (não é), mas foi a primeira pizza que fiz, e aquela massa, sei-o agora, não é a melhor (e foi muito justamente criticada nos comentários pela quantidade de fermento).

A massa que uso hoje em dia (e faço-a muitas e muitas vezes, tentando ter sempre algumas bolas de massa congeladas para poder fazer pizza sempre que apetecer) é a que o chef John Lanzafame indica no seu "Pizza Modo Mio", um belíssimo livro para quem quer começar a explorar o mundo das pizzas.


Ingredientes (1 pizza para 2 pessoas):
160g de farinha sem fermento
1 colher de chá de fermento em saquetas
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar
100ml de água morna
azeite
250g de molho de tomate
1 queijo mozzarella
queijo feta
queio parmesão
presunto
azeitonas pretas sem caroço
cebolinho
pimenta
2 dentes pequenos de alho
ervas aromáticas (manjericão seco, orégãos)


Preparação:
Primeiro a massa - deite numa taça ou noutro recipiente o fermento com o sal, o açúcar e a água. Mexa para combinar, enquanto junta cerca de duas colheres de chá de azeite. Deixe repousar até começar a formar bolhas à superfície. Nessa altura junte à farinha num recipiente grande e misture bem com a ajuda de um garfo até ligar. Nessa altura deite para uma bancada coberta de farinha e vá amassando até a massa estar suave e elástica. Faça uma bola com a massa e coloque num recipiente previamente untado com azeite. Cubra com um pano de cozinha húmido e deixe repousar até duplicar de tamanho (cerca de hora e meia).

Retire a massa do recipiente, dê-lhe uns murros para libertar o ar acumulado e está pronta a usar (se fizer em maior quantidade para usar mais tarde, agora é a altura para a congelar, embrulhada em película aderente). Estenda a massa com o rolo sobre uma superfície coberta de farinha até ter a dimensão pretendida (bem fina!!).

Esta é uma boa altura para aquecer o forno bem quente - eu costumo usá-lo a 240º. Coloque um tabuleiro de forno virado ao contrário - a pizza será aquecida sobre o tabuleiro, para ficar uniforme. Convém também que o tabuleiro esteja alto no forno. Para preparar o molho de tomate, aqueça um fio de azeite numa frigideira, deite-lhe os dentes de alho esmagados e aqueça-os um pouco (sem queimar). Verta o molho de tomate e tempere com pimenta e ervas aromáticas. Deixe apurar uns minutos. No final, deite o molho sobre a massa da pizza e espalhe muito bem com a ajuda de uma colher de pau. De seguida, pegue na mozzarella e parta-a em pedaços sobre a pizza (fica bem melho espalhada assim do que usando mozzarella ralada, que tem muito menos sabor). Depois, o presunto: espalhe pedaços de presunto, na quantidade que mais lhe agradar. De seguida corte um bom pedaço de feta e esfarele-o sobre toda a pizza. Finalmente, espalhe azeitonas e leve ao forno. Rapidamente estará no ponto certo. Retire, espalhe cebolinho fresco picadinho, um fio de azeite, algum parmesão ralado, e sirva imediatamente!

14 setembro 2011


Já por duas vezes (aqui e aqui) falei do livro "The Accidental Vegetarian" de Simon Rimmer. E se volto terceira vez ao mesmo livro é porque este é verdadeiramente um excelente livro de cozinha vegetariana, que foge aos 'suspeitos do costume' quando se pensa neste tipo de cozinha (não há um único prato com seitan ou tofu, por exemplo) e ainda assim consegue ser original e muito apelativo.

Desta feita, experimentei os cannelonni de queijo de cabra e espinafres e foi uma aposta ganha - a utilização dos tomates-cereja assados no forno em substituição do típico molho de tomate torna o prato invulgar e resulta muito bem.

Dou a receita indicando um pacote de cannelonni, mas o ideal é fazê-los usando a nossa própria massa fresca (seguindo por exemplo as indicações desta receita).


Ingredientes (12 a 15 cannelonni):
500g de tomates-cereja
1 embalagem de cannelonni
200g de queijo ricotta
150g de queijo de cabra
150g de queijo parmesão ralado na hora
100g de folhas de espinafre
tomilho
vinagre balsâmico
2 dentes de alho
azeite
sal
pimenta preta
raspas de queijo parmesão


Preparação:
Corte os tomates em metades, deite-os num recipiente grande de ir ao forno, cubra com um fio generoso de azeite e leve por cerca de 10 minutos ao forno aquecido a 220º. Adicione o tomilho, um fio de vinagre balsâmico e os dois dentes de alho esmagados. Tempere com sal e pimenta e deixe mais cerca de um quarto de hora no forno. Retire e reduza o forno para 180º.

Enquanto o tomate assa, prepare o recheio, misturando num recipiente o queijo ricotta com o queijo de cabra, o parmesão ralado e as folhas de espinafre. Misture muito bem e tempere com sal e pimenta a seu gosto.

Quando os tomates estiverem prontos, retire-os do tabuleiro, mas deixando o líquido da assadura. Recheie os cannelonni e disponha-os no mesmo tabuleiro, para aproveitar o azeite da assadura. Distribua todos os cannelonni pelo tabuleiro e cubra com os tomates-cereja. Leve ao forno por mais cerca de quinze minutos ou até estarem prontos.

Cubra com as lascas de parmesão e sirva.

08 setembro 2011



Já tive oportunidade noutras receitas de elogiar a versatilidade da panna cotta, uma receita simples mas que resulta sempre bem e que permite um número enorme de variações, seja ao acrescentar sabores diferentes às natas, seja ao variar a cobertura.

Há dias lembrei-me que uma combinação de panna cotta com o sabor fresco do melão era capaz de resultar bem. Ainda tentei inventar na cobertura, fervendo melão com açúcar para atingir uma consistência mais xaroposa, mas acabei por me render à solução mais simples - melão triturado, apenas com um pouco de lima a dar sabor. O resultado era o que eu esperava - uma sobremesa simples, mas fresca e saborosa, ideal para dias mais quentes (que ainda vamos tendo, apesar da proximidade do Outono).


Ingredientes:
500 ml de natas
75g de açúcar
3 folhas de gelatina
algumas folhas de hortelã
melão (usei cerca de 2 talhadas)
sumo e raspa de 1 lima


Preparação:
Deite as natas, o açúcar e a hortelã num tacho e leve a lume brando. Quando estiver quase a ferver, retire do lume. Ponha a tampa no tacho e deixe cerca de uma hora em infusão. Passado esse tempo faça passar as natas por um passador para outro recipiente.

Entretanto, coloque as folhas de gelatina de molho em água fria até amolecerem. Retire-as, escorrendo muito bem, e junte às natas até dissolverem completamente. Deite o preparado em formas individuais e leve ao frigorífico durante umas boas horas (o ideal é deixar de um dia para o outro).

Antes de servir, triture o melão num copo misturador e junte-lhe o suma da lima, mexendo bem. Deite sobre as formas individuais de panna cotta e polvilhe com a raspa da lima. Sirva bem fresco!

19 agosto 2011


Já há algum tempo que não tínhamos um risotto por aqui e este é bom para o Verão - com ingredientes frescos, de inspiração mediterrânica, e simples de fazer. O queijo ajuda à cremosidade do arroz e o tomate dá-lhe um colorido e um sabor que valem por si.


Ingredientes:
200g de arroz para risotto
200g de tomates-cereja
100g de queijo feta
1 dente de alho
1 cebola pequena
1l de caldo de legumes
1 molho de folhas de manjericão
pimenta
azeite


Preparação:
Comece por picar o alho e a cebola, por cortar os tomates-cereja ao meio e o queijo feta em cubinhos. Em qualquer risotto, a preparação é essencial, visto que uma vez que comece a cozinhar, não vai poder largar o tacho, sob pena de o arroz começar a pegar ao fundo do tacho.

Comecemos, então: deite um fio de azeite no fundo do tacho e junte o alho e a cebola picados. Deixe refogar até a cebola amolecer e nessa altura junte os tomates-cereja. Deixe-os amolecer e vá esmagando-os com uma colher de pau contra as paredes do tacho, fazendo-os soltar o sumo, que se misturará ao refogado. Finalmente, deite o arroz e misture-o bem com o refogado, mexendo sempre com a colher e deixando-o absorver o líquido que se juntou no fundo do tacho. Junte agora uma colher de caldo de legumes e misture o arroz, sem parar, até que este absorva o caldo. Nessa altura, junte mais uma colher de caldo e repita, sempre da mesma forma - uma colher de caldo, mexer o arroz até absorver, mais uma colher de caldo, e por aí adiante. Quando estiver a meio do caldo, deite os cubos de queijo feta, que irão derreter, dando sabor ao risotto e tornando-o ainda mais cremoso. Junte também as folhas de manjericão desfeitas em pedaços (guarde algumas para decoração). Vá juntando caldo, mexendo e cozinhando até o arroz estar al dente.

No final, sirva o risotto e polvilhe com pimenta preta moída na altura (não deverá necessitar de juntar sal, visto que o queijo feta já é suficientemente salgado). Decore com folhas de manjericão.

12 maio 2011


Quem acompanha este blog há mais tempo, saberá que eu adoro o queijo halloumi. Originário de Chipre, é um queijo cujo ponto de fusão é bastante alto, e por isso se presta bem a ser cozinhado (grelhado, frito, ...). Esta receita em particular é extremamente simples, mas funciona extremamente bem, principalmente como entrada para uma refeição de tempo quente, como o que faz agora. A gremolada (ou gremolata) é um condimento italiano, utilizado principalmente (mas não apenas) como acompanhamento do ossobuco alla milanese. É uma simples mistura de alho, salsa e limão (no meu caso também com hortelã), mas que fica bastante fresco e aromático - e combina na perfeição com o halloumi.


Ingredientes (2 pessoas):
250g de queijo halloumi
1 limão
1 molho de salsa
1 molho de hortelã
2 dentes de alho
azeite
pimenta


Preparação:
Raspe a casca do limão (apenas o zesto - a parte amarela; não raspe a parte branca que fica por baixo) para uma taça pequena. Esprema metade do limão para a mesma taça. Pegue numa boa porção de salsa e pique muito bem. Faça o mesmo com uma boa porção de hortelã e junte ao limão. Finalmente, pique o alho bastante fino e junte também. Junte um fio de azeite, mexa bem e está pronta a gremolada.

Seguidamente, corte o halloumi em fatias (uma embalagem de 250g dá para umas 6 fatias, mais coisa menos coisa) e parta cada fatia com as mãos em pedaços irregulares. Leve uma frigideira grill ao lume até estar bem quente e deite-lhe os pedaços de halloumi. Polvilhe com um pouco de pimenta preta moída na altura, e vá mexendo com uma colher ou espátula de pau, até os pedaços de halloumi grelharem, ficando dourados nas suas várias faces.

Deite o halloumi para um prato ou travessa de servir e cubra com a gremolada. Sirva com o halloumi ainda quente (misturado com o fresco da gremolada fica óptimo!).

04 maio 2011


Apetecia-me fazer um bolo de morangos, nem sei bem porquê. Provavelmente por já estarmos na sua época e por ter alguns em casa que eram muito bons. O meu problema era não saber como queria fazer o bolo. A primeira ideia, um pouco esotérica, admito (mas que ainda hei-de tentar explorar) era fazer um bolo de morangos que tivesse manjericão (gosto da combinação de ambos), mas acabei por não ir por aí. Consultei o The Flavour Bible em busca de inspiração e vim de lá com duas ideias de sabores para juntar aos morangos - amêndoa e limão. A partir daí fiz algumas pesquisas e fui buscar um bolo de amêndoa e limão da Nigella e um fantástico molho de morangos assados no forno que encontrei no Eat The Love. Casei os dois e o resultado foi este bolo - se o original da Nigella já ficava 'molhadinho', este, com o recheio de morangos, fica ainda melhor.

Uma nota rápida, para terminar: é complicado cortar o bolo a meio porque ele não cresce muito (daí ter ficado quebrado por cima, como se vê na foto). Provavelmente usando duas formas ou fazendo mais quantidade tornar-se-á mais fácil.


Ingredientes:

Para o bolo:
225g de manteiga sem sal
200g de açúcar
225g de amêndoas em pó
50g de farinha sem fermento
4 ovos
raspa e sumo de dois limões
açúcar em pó (para decorar)


Para o molho de morangos:
900g de morangos
1/4 de chávena de açúcar amarelo
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
2 colheres de sopa de vinho tinto
2 paus de canela
pimenta preta
extracto de baunilha


Preparação:
Comece pelo molho de morangos. Ligue o forno a 135º. Lave as morangos, retire o pé, e corte-os em quartos. Deite-os numa taça grande, junte umas gotas de extracto de baunilha, o açúcar, o balsâmico, o vinho e os paus de canela. Junte pimenta preta a gosto, triturada na altura. Mexa com cuidado (para não quebrar os morangos), até todos os ingredientes estarem bem misturados. Deite num recipiente de ir ao forno (forrado com papel vegetal) e deixe assar durante pelo menos 2 horas, mexendo de vez em quando, até o molho engrossar. Reserve.

Agora o bolo. Desta vez, aqueça o forno a 180º. Deixe amolecer a manteiga (ou use o microondas) e bata-a num recipiente grande com o açúcar, até começar a embranquecer. Junte um ovo e aproximadamente um quarto da farinha, batendo bem com a batedeira. Junte o segundo ovo e mais um quarto da farinha, batendo sempre, e repita até ter incorporado os quatro ovos e toda a farinha. Junte agora as amêndoas em pó e envolva no preparado (agora sem bater). Finalmente junte a raspa e o sumo dos limões e misture novamente (a Nigella junta essência de amêndoas, mas não me pareceu essencial para o resultado final).

Deite o preparado numa forma redonda e leve ao forno até estar pronto - no meu forno demorou cerca de 40 minutos. Quando um palito vier praticamente seco, é hora de retirar.

Deixe arrefecer, corte o bolo ao meio e retire com cuidado a parte de cima. Cubra a metade de baixo com o molho de morangos e volte a cobrir com a parte superior do bolo. Cubra com açúcar em pó.

01 maio 2011

Sou pouco versado em receitas de Verão, mas faço kms para ir comer um bom peixe grelhado e uma salada bem feita. Adora que o Verão ameaçava começar decidi fazer algo que não fazia há anos, mas que é simples e associo sempre a Verão – guacamole. De origem mexicana, o guacamole tem inúmeras variantes, e a que faço é muito simples e fresca, e serve de acompanhamento a pratos como chili con carne, ou carnes grelhadas no carvão.

Para 6 pessoas:
2 peras abacate muito maduras
3 tomates pequenos (250 a 300 gramas)
3 a 4 colheres de sopa de ervas aromáticas picadas (salsa e coentros, e uma folha de hortelã)
3 colheres de sopa de pimentão cortado em brunoise
Molho piri-piri q.b.
Sumo de 1 lima
1 embalagem de tiras de milho
Sal e pimenta q.b.

Preparação:
Corte os abacates ao meio e retire o caroço. Remova a polpa com uma colher, sem danificar as cascas, que aproveitará para a apresentação. Esmague a polpa com uma mão, entre os dedos, até ficar com uma pasta suave mas com muitos grumos. Corte os tomates em brunoise (cubinhos pequenos) removendo as sementes. Junte os ingredientes a pouco e pouco à polpa de guacamole, afinando os sabores.
Sirva dentro das cascas de guacamole, e reserve alguns ingredientes como pimentão, ervas e fatias de lima para decorar o guacamole com cores vivas.

01 abril 2011

Para este ano, o dia 1 de Abril vê aqui um prato de cozinha asiática. Se não encontrar centopeias grandes, procure umas baratas, ou até mesmo grilos ou gafanhotos. No fundo, depois de grelhado com molho, sabe tudo ao mesmo. Se não encontrar insectos vivos - é sempre melhor - vá a uma loja da especialidade, e para quem vive na zona de Lisboa, isso significa ir ao Martim Moniz. Bom apetite (vai precisar...)!

Para 6 pessoas:

12 centopeias gigantes
2 colheres de sopa de molho hoisin (à venda no Martim Moniz)
2 colheres de sopa de molho de ostra (à venda no Martim Moniz)
2 colheres de sopa de vinho de arroz chinês (use um porto seco, se não encontrar)
4 colheres de sopa de molho de soja
2 colheres de chá de óleo de sésamo
2 dentes de alho, finamente picados
Pimenta q.b.

Preparação:

Misture todos os ingredientes excepto as centopeias e deixe repousar no frio por uma hora para fazer o tempero de grelhados chinês. Faça umas boas brasas de carvão. Lave as centopeias e insira o espeto pela boca. Regue generosamente com o tempero para grelhados e leve a grelhar em brasas bem quentes, virando uma vez - vai querer a carapaça bem passada e estaladiça, mas o interior da centopeia deve ficar húmido.

Sirva com arroz branco.

26 março 2011


Esta foi uma de várias receitas que aprendi num curso de wok no Restaurante Umai, em Lisboa, que recomendo (o curso e o restaurante!!). É uma entrada muito simples de fazer, mas bastante saborosa e ideal para começar uma refeição em tons asiáticos. A massa de crepes e o molho sweet chilli encontram-se facilmente em supermercados asiáticos.


Ingredientes:
Camarões
Massa de crepe (um quadrado de cerca de 10x10cm por camarão - pode ser ajustado dependendo do tamanho do camarão)
hortelã
molho sweet chilli
água
farinha
óleo para fritar

Preparação:
Comece por preparar os camarões, tirando-lhes a cabeça, a tripa e descascando-os deixando apenas a cauda.
Numa pequena tigela, junte farinha e água até engrossar - esta mistura servirá de "cola" para fechar os crepes.
Para preparar os crepes, pegue num quadrado de massa e coloque um dos camarões sobre um dos vértices da folha, com uma folha pequena de hortelã de cada lado. Com o dedo espalhe um pouco da mistura de água e farinha sobre as pontas da massa. Puxe um dos vértices laterais para o lado, sobre o camarão. Depois puxe o vértice superior para baixo, também sobre o camarão, e finalmente enrole sobre o vértice restante. Use a água com farinha sempre que necessário para fechar melhor.
Quando tiver todos os crepes preparados, leve um wok ao lume com um pouco de óleo no fundo. Deixe o óleo aquecer e frite nele os camarões. Escorra-os na rede do wok, coloque sobre papel de cozinha para absorver o excesso e sirva, acompanhado de uma tigela com molho sweet chilli.

08 março 2011


Desde que uns amigos me ofereceram um saco de fogaças de presente que ando com ideia de experimentar fazê-las em casa. As fogaças, típicas de Alcochete, são um bolo simples, mas com um sabor óptimo a canela e limão, bem cozidas por fora e encruadas por dentro.
Pesquisando por receitas na Internet, encontram-se variadas variações da mesma receita, apenas com uma ou outra alteração ocasional - praticamente todas têm as mesmas proporções: 1 parte de farinha, 0,70 de açúcar e 0,25 de manteiga. Sendo assim, peguei nessas proporções e experimentei, com bom resultado. Aqui fica a receita.


Ingredientes:
500g de farinha sem fermento
350g de açúcar amarelo
125g de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de canela
raspa de 1 limão
1 gema de ovo
água tépida


Preparação:
Peneire para uma tigela grande a farinha e o açúcar, misturando-os bem. Junte canela (coloquei a olho, aproximadamente duas colheres de sopa), a raspa de limão e a manteiga amolecida. Vá juntando água a pouco e pouco e mexendo bem, até a massa começar a ligar. Amasse com as mãos, como se fizesse massa de pão. Se estiver demasiado húmida junte farinha até ficar no ponto.

Faça bolinhas pequenas de massa e coloque num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal. Pincele com a gema e leve ao forno bem quente - a ideia é que cozam bem por fora mas se mantenham pouco cozidas por dentro. Tenha em atenção que as fogaças ainda cozem um pouco depois de sairem do forno.

02 março 2011

Receita tradicional alentejana, simples e saborosa, do livro de António Nobre, Chef dos restaurantes dos hotéis Mar d’ar em Évora. Eu tinha pouco pão alentejano, que desapareceu vorazmente em torradas com manteiga e em fatias cobertas de marmelada e queijo, pelo que para esta receita usei tanto o miolo como a côdea. Ficou igualmente saboroso, mesmo que tenha tido de usar a varinha mágica para triturar melhor o pão – para pequenos males, pequenos remédios.

Preparação:

Ensope o pão no leite a ferver. Numa taça bata as gemas e o açúcar e junte canela e raspa de limão. Adicione tudo ao leite fora do lume, mexendo bem com uma colher de pau. Deixe arrefecer totalmente, ficando uma papa grossa. Envolva o preparado com as claras batidas em castelo, com cuidado para não perder muito ar. Coloque em pequenas taças individuais, e sirva frio polvilhado de canela.

Ingredientes para 8 pessoas:

5 dl de leite
200 g de miolo de pão alentejano
150 g de açúcar
4 gemas de ovos
Raspa de limão q.b.
4 claras
Canela em pó q.b.

14 fevereiro 2011

Saudades de escrever no blog! Primeiro foi a falta de inspiração, depois a máquina fotográfica em off, e finalmente o trabalho diário que foram cortando a presença regular no blog. A ver se é desta que consigo retomar em força, e começo com uma receita cuja foto tirei ainda com o telemóvel e à noite – não está um primor mas não destoa assim tanto que não possa ser publicada. Ora sobre os lombinhos propriamente ditos – é a minha parte preferida do porco – suculentos, saborosos, são praticamente “carne de vaca” e até podem ficar levemente rosados por dentro. As migas de tomate fazem um excelente acompanhamento. Ando cansado de batatas, massas e arroz, e estas migas souberam-me muito bem, e a compor o prato, os canónigos, folhas de sabor suave mas que são boas para variar. Se não encontrar, use agrião ou rúcula.

Para 6 pessoas

Ingredientes:

Para os lombinhos:
2 lombinhos de porco
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.

Para as migas de tomates:
200 g de pão alentejano
200 g de tomate inteiro em lata
1 cebola média
1 dente de alho
1 folha de louro
2 conchas de caldo de legumes
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.

Para a salada de canónigos:
200 g de canónigos (ou agrião, ou rúcula)
1 dente de alho, picado muito finamente
Azeite de muito baixa acidez (0,2%)
1 golpe de vinagre balsâmico
Sumo de meio limão
Sal e pimenta q.b.


Prepare primeiro as migas, que a carne é rápida. Aqueça algum azeite no fundo de uma panela com a cebola e o alho picados.  Junte o tomate, esmagando com a colher de pau, e adicione a folha de louro. Deixe fervilhar levemente por uns minutos. Desfaça o pão alentejano e junte ao tomate. Em simultâneo, estava eu a preparar uma sopa, pelo que aproveitei o caldo de legumes que estava a fazer para deitar algum líquido deixando ensopadas as migas. Temperado com sal e pimenta, foi altura de afinar as migas, com mais algum pão, ou azeite, ou caldo. Reservar.

Levar os lombinhos ao lume numa frigideira quente com azeite e já temperados de sal e pimenta. Deixe-os bem louros de todos os lados.

Para a salada, tempere os canónigos com os ingredientes referidos.

Sirva os lombinhos com a salada de canónigos e com as migas, em fomato de quenele (como para os pastéis de bacalhau, mas sem fritar, claro!).

05 fevereiro 2011


Adaptei esta receita do "The Photo Cookbook - Quick & Easy 4.0", uma publicação electrónica muito interessante, com oitenta receitas diversas e bem apresentadas. Esta chamou-me a atenção pelo uso do molho hoisin, até porque tinha um frasco em casa a precisar de ser usado. O hoisin encontra-se em supermercados asiáticos, mas já se vai vendo uma vez por outra em hipermercados, embora seja preciso ter alguma sorte...


Ingredientes (4 pessoas):
500g de lombinho de porco
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de vinagre de arroz
2 colheres de sopa de açúcar amarelo
1 colher de sopa de molho hoisin
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de sopa de farinha maisena (amido de milho)
175ml de caldo de galinha
pimenta preta em grão


Preparação:
Faça uma marinada misturando o mel, o vinagre, o açúcar, os molhos hoisin e de soja e a pimenta. Cubra o lombinho com a marinada e leve ao frigorífico de um dia para o outro. No dia seguinte, escorra a carne (reserve a marinada!) e coloque-a numa grelha sobre um tabuleiro de forno com cerca de 2,5 cm de água a ferver. Leve a forno a 200º por cerca de 20 minutos. Após esse tempo, vire a carne, pincelando-a com a marinada e cozinhe por igual tempo, até ficar bem cozinhada.

Agora o molho: num tachinho misture bem a marinada com o caldo de galinha e a maisena. Leve ao lume, deixe ferver e fervilhar durante cerca de minutos, mexendo sempre. O molho engrossará - deite sobre a carne e sirva acompanhando com vegetais salteados num wok.
 
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